"É a vida, mais que a morte, a que não tem limites."

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Não é adeus, apenas até logo

Sexta-feira foi o último dia da minha menina na escola. Com a separação, nós duas vamos nos mudar para outra cidade.

Gosto bastante desta escola, que não é perfeita, mas tem o que para mim é mais importante: valores similares aos meus. A alimentação é saudável. As turmas são pequenas, o que eu acho que ajuda a evitar o bullying. A direção da escola tem o grande talento de saber escolher as professoras. De forma que no tempo que passou na escola, minha menina teve três ótimas educadoras que são também excelentes pessoas.


Na Semana da Criança, cada sala apresentou para as outras uma peça. Minha menina foi a Menina dos Cachos Dourados (da história dos Três Ursos). Ela adorou ficar no palco a maior parte do tempo! E gostou mais ainda porque naquele dia ela voltou a ter cachos, graças ao baby liss. E foi não só para mim, mas para todos, minha menina de cachos mais uma vez.

Assim como minha filha se tornou amiga dos colegas de classe, eu também fiquei amiga dos pais. E nosso novo caminho começa um pouco vazio, sem eles.


Em seu último dia, ela foi vestida de Tinkerbell(Sininho). É sua personagem favorita no momento. Gentilmente, a mãe de um dos amiguinhos mandou um bolo, que ela e os colegas confeitaram juntos. Ela também ganhou alguns presentes e um cartão. E fez um lindo book of the year, com o desenho da professora e dos colegas, que ilustram este post. Interessante que ela desenhou também a amiguinha que deixou a escola em junho.

Para ela, foi um pouco de festa. E no último momento, descendo as escadas, quem chorou fui eu...


Para saber mais:


http://www.dltk-teach.com/rhymes/goldilocks_story.htm

18 comentários:

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Nina,
Adorei as ilustrações do post. Espero que encontre outra escola como essa, e que sua menina de cachos e você logo façam novas e boas amizades.
Beijos

olga maria disse...

Nina, também chorei lendo seu tocante relato hoje. Tenho filha distante, também vivendo processo de separação e com uma menina de cachos que faz 4 anos amanhã. Que seja para melhor, para você e para ela!
beijo

Chez POPI disse...

Ninaaaaaaaaaaaaa, ow nina, é uma passagem e tudo vai novamente se ajeitar!
Amei os desenhos e a história é comovente, sem sombra de dúvidas.
mas porque vc vai se mudar e para onde? ai meu cuore partiu e nem cheguei a te conhecer!
Bjus querida e não deixe de nos dar notícias!
Paula

Juliana Rodrigues disse...

Ninaa
Boas mudanças pra você e sua menina!
Que a nova cidade as recebam com bons ares de novidade e carinho!
Só não abandone o blog! Senão morreremos de saudades!
Beijocas

Ana Rosa disse...

Nina, a vida é assim feita de renascimentos, de acontecimentos. Encare esse fato como uma oportunidade de crescimento para você e sua menina. mil bjs. Lindos os desenhos.

Claudia disse...

Nina,

Quando eu mudei do Rio para a Noruega foi difícil aceitar as escolas daqui que são muito diferentes do tipo de escolas que minha filha estava acostumada tanto no Rio como em São Paulo. Mas a criança se acostuma se você se acostumar com a idéia de que a escola é apenas um complemento na vida dela e a família é o que realmente importa.

As escolas aqui são predominantemente públicas, o país é super socialista e combate escolas particulares. É uma política daqui que é criticadíssima pela EU, mas a Noruega escolheu não ser EU. Minha filha frequenta uma das poucas escolas particulares de Trondheim e uma das duas em língua inglesa. Tudo opção minha pois eu queria uma escola onde o indivíduo fosse importante, não apenas o grupo e existe uma grande dificuldade de conseguir uma educação mais individualizada na escola pública. Mas minha filha ama a escola e está feliz. Mesmo que eu ainda tenha muitas críticas, ela está na melhor escola da cidade.

Estes traumas são nossos, são parte da vida de pai e mãe. Mudar de cultura pode ser uma tortura ainda maior do que trocar de escola pois no Brasil as escolas particulares criam mundos totalmente a parte da realidade social o que tem muitos benefícios e muitos problemas também.

Mas o fato é que o benefício da troca depende de você aceitar que o diferente também é legal e estar atenta aos problemas que são iguais em todas as escolas.

Aqui o bullying, palavra sem tradução em português, tem tolerância zero e faz parte de uma larga campanha nacional pois já arruinou muitas vidas. É um lance de mãe não dar bobeira mesmo, mas ajudar sem sofrer muito pela filha.

Ficou longo! Abs,

C.

Anônimo disse...

Oh! Nina, essas coisas de crianças me encantam ... Como são sensíveis. Mais do que muito adulto. Ah! se nós fossemos mais parecidos com eles ...
Que Deus as abençoe nessa nova empreitada e pode ter a certeza que tudo se encaixará bem rápido. Crianças tem uma capacidade de adaptação incrível.
Não se esqueça de nos contar as novidades. Sempre.
Boa Sorte.
Beijos, Angélica

Nina disse...

Helo,

Obrigda. Por tudo!

beijos!

Nina disse...

Puxa Olga, que coisa as histórias minha e da sua filha se confundirem... Espero que o final seja feliz para todas nós! Especialmente para nossas meninas.

beijos!

Nina disse...

Oi Paula!

Pois é, nem nos conhecemos ainda... Mas com certeza um dia iremos tomar um café no Kiwi!

Vou me mudar porque aqui não há muitas oportunidades profissionais para mim. Ao passo que na outra cidade sou uma profissional valorizada e reconhecida no mercado.

beijos!

Nina disse...

Ju,

Não vou abandonar o blog, não!

beijos!

Nina disse...

Ana,

Sim, eu estou encarando assim. Fico mais triste por ela, que vai morar longe do pai.

beijos!

Nina disse...

Claudia,

Eu conheço as escolas da outra cidade. são boas, mas do tipo que "valorizam" o vestibular desde cedo. E não tem escolas bilingues.

Quanto ao bullying, no momento minha menina não faz idéia que é possível agredir alguém por suas características físicas, econômicas ou outras. Para ela, ser diferente é bom. Na escola dela não existe isto.
E me preoucupa muito mais que ela se torne a agressora do que a agredida, sabe? Ela é bonita, alta, magra, extrovertida e líder. Ou seja, no modelo "americano" que faz sucesso em algumas escolas por aqui, ela seria "popular". Coisa que me assusta tremendamente.
Existe um poema de Yeats chamado "A Prayer for My Daughter", em que ele diz:

"(...)May she be granted beauty and yet not
Beauty to make a stranger's eye distraught,
Or hers before a looking-glass, for such,
Being made beautiful overmuch,
Consider beauty a sufficient end,
Lose natural kindness and maybe
The heart-revealing intimacy
That chooses right, and never find a friend. (...)"

É por aí, sabe? Quero que ela aprenda a se ver, e aos outros, além das aparências.

beijos e obrigada pelas sábias palavras!

Nina disse...

Angélica,

com certeza Deus está conosco!

Pois se foi Jesus quem disse:

"Deixai vir a mim as criancinhas".

beijos

Danny disse...

Nina, senti um vazio quando li seu post, parece que vc está triste. Fiquei imaginando vc e sua menina indo embora, que triste.
Mas olha, não se abata não tá! Com toda certeza onde vc for morar será muito feliz e sua linda menina também. Espero que tudo de certo, e que o Senhor Jesus esteja sempre conduzindo seus passos para que sempre caminhe no rumo certo. Bjs e estarei orando por vcs! Bjs!

Mariana disse...

Nina...
As mudanças...
mudanças e borboletas voam juntas.

Nina querida...
Eu tambem fui uma menina de cachos e filha de um casal q se mudava demaisssss
Cansei de , quando criança, por meus brinquedos em caixas, e conhecer as casas novas ainda sem moveis... adorava os caminhoes de mudança cheio de coisas minhas... chorava, sem entender direito, pela saudade dos amiguinhos, minha primeira mudança foi aos dois anos, depois mudei aos 5-6 anos e assim foi... sem parar... ganhava e perdia amigas como ganahava e perdia roupinhas e sapatos... acho a mudança uma coisa enriquecedora... dilacerante, mas enriquecedora. mesmo na minha tenra idade... Por isso te escrevo, so p dizer q fui uma criança q viveu varias mudanças de casa, de cidade, de estados e me diverta com isso, apesar dos pesares da saudade... eu sempre sabia mais sobre lugares, sempre tinha um numero bem maior de amiguinhos e sempre encarava qualquer tipo de mudança com muito mais segurança q qualquer outra crianca... pq estava acostumada a isso. Um amigo q vc faz em uma cidade, nao deixa de ser amigo apenas pq vc se mudou de la... "nao é adeus, apenas até logo"... lembro de meus amigos em todos os cantos do brasil e é como se todos morassem junto comigo, dentro do meu coraçao p sempre...

Quanto mais a vida for se construindo na nova cidade, mais a saudade vai parando de doer... por isso esteja sempre aberta... continue saindo com sua pequenina, va aos cafés, aos restaurantes, experimente com ela novos lugares e novos sabores... linda e sensivel como ela é saberá passar por tudo isso muito bem... dsejo-te fé e força p esse momento... e alegrias secretas q te esperam, preparadas p vc ai na nova cidade.
Força querida... q seus olhos, olhem para frente, sem medo. p frente.

Nina disse...

Mariana,

Muito, muito obrigada pelas lindas palavras, que me chegaram ao coração!

beijos, linda!

Claudia disse...

Então Nina, a tarefa de mãe é boa mas é difícil não? E não adianta a gente tentar prever e proteger demais pois tem uma hora que a gente perde o controle mesmo. Mas acho que tem que marcar em cima, dar opinão sobre tudo, não deixar dúvidas sobre o que você acha, sobre o que é certo e o que é errado. Quando a gente não dá margem para dúvidas, quando você coloca as coisas que pensa e defende as claras, eles entendem e seguem você.

O que vira problema na vida de algumas crianças são discursos dúbios, confusão, incertezas e falta de estrutura familiar. Por isso, não se preocupe pelas coisas boas que a sua filha é. Confie no seu taco pois eu acho que você está fazendo as coisas todas direitinho.

Os outros são os outros e a relação de uma criança com o mundo exterior é sempre um desafio e aí é que sua estrutura contribui.

E lá em casa temporada de festas está aberta mas eu vou te contar, eu tô é bem desanimada...

Abs,

C.

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