Estávamos caminhando pela rua, eu e ela. Dia lindo e luminoso de setembro. Ela, mal tocando os pés no chão, me pergunta:
-"Mãe, porque que quanto a gente está feliz o coração parece que quer sair fora da gente e encontrar outro coração? E dá vontade de correr?"
Eu disse a ela:
- "Porque a felicidade não cabe só em nós".
E a peguei pela mão e saímos correndo, nós duas.
É isso, a felicidade. Um encontro de corações.
(O título desse post é uma frase do filme Into the Wild. Em português, Na Natureza Selvagem. Recomendo.)
13 comentários:
Nina,
De tudo o que li por aqui, talvez seja este o mais belo e instigante post que tive a chance de experimentar.
A confusa consciência que ultrapassa, de repente, os limites do sentir, do que seja felicidade, seus reflexos interiores, suas exigências exteriores, posta de forma tão aguda, precisa e contundente, por uma pessoa que acabou de chegar, nem teve seu passaporte carimbado e ainda conserva dentes-de-leite, é formidável! (Adoro esse adjetivo que me remete às memórias de meu avô materno que, diante de acontecimentos extraordinários, enchia os pulmões e soltava um "formidável" tão convincente que, seguramente, poderia ser pesado, medido e tocado).
No momento da fatídica indagação receei pela resposta da menina crescida de cachos. Tolice!
Estou certo de que com a mesma velocidade com que foi surpreendida pela pergunta, naturalmente derramou seu coração em resposta.
Na arte da esgrima o que define uma vitória é o preciso golpe no coração.
No caso, as meninas conseguiram o improvável empate. Atingiram simultaneamente seus corações, como deve ser, na verdade, a "esgrima" dos afetos, da qual só devem sair vencedores, em outras palavras, inclusive, mais apropriadas, compartilharam o que se pode conceber por amor.
Não poderia me despedir sem registrar que a imagem escolhida para ilustrar o texto é perfeita.
Parabéns! (aplausos pras duas, de pé!)
Beijo,
RMG
Singelo, tocante, puro, belo!
Admiro demais seus textos! E sempre venho por aqui, encher meus dias de inspiração e amor pela vida e pelas pessoas. Nunca havia comentado, mas, hoje, não pude resistir! Beijos!
PS: Maravilhas cibernéticas que interligam todos nós... Moro no
Acre e sou sua grande admiradora!
Lindo! Praticamente um curta essa cena. Grande lição.
Beijos, beijos,
Bela - A Divorciada
Nina,
Que lindo.
Só dá para comentar: tal mãe, tal filha.
bjs
Nossa! É bem isso! Quando estamos felizes a gente sente vontade de ser livres, de gritar o tamanho da felicidade e geralmente esses momentos de felicidade plena é do lado dos nossos filhos.
Bjs!
coisa mais pura isso...
Nina,
adorei,você e sua filhinha são especiais!
E tem outra resposta linda do RMG, conta a história pra gente, conta!
Beijinhos!!!
Perfeito!
Acho muito bonita sua iniciativa e das coisas simples que vc fala, nessa relação que mantém com sua filha. Em um mundo no qual os valores familiares se perdem a cada dia, isso é uma demonstração de que ainda podemos mudar o mundo, mesmo que apenas o nosso mundo.
Lindo post ... bela vida a duas, não?
Quando o coração quer pular pra fora de tanta emoção, nosso corpo reage da mesma forma, querendo pular, correr e gargalhar até se cansar. Com certeza foi um momento lindo! Beijos.
Nina, menina...
Que belo. Tenha sempre ao seu lado alguém para compartilhar a felicidade.
Como diz a música, "é impossível ser feliz sozinho".
Beijos
RMG,
Seu comentário é tão delicado, seu estilo é tão bonito, e suas palavras me são tão preciosas, que minha vontade é incorporar esse seu texto ao post.
Obrigada, querido.
De coração.
Beijo
Que blog lindo!
Adorei!
Parabéns pelo aniversário.
Paula
Postar um comentário