"É a vida, mais que a morte, a que não tem limites."

segunda-feira, 1 de março de 2010

LIBERDADE

Quando ela nasceu, achei que nunca mais eu ia ficar sozinha. Que ela era minha. Não é, claro. Cada um é só de si. Ainda bem que descobri a tempo. 
Agora, ensino a ela a liberdade. E fico alegre quando a vejo tão feliz me dando tchau e indo sozinha para suas aventuras.
Este final de semana, ela foi. E quando voltou, perguntei:

- Sentiu saudades?
- Não deu tempo, mamãe, estava tão bom!

É bom vê-la forte, segura de ser amada, sabedora que estarei sempre aqui, esperando por ela. Mas é melhor ainda quando ela me pede:

- Mamãe, me dá banho e troca minha roupa? Eu sei fazer sozinha, mas estou carente...
(Carente, para ela, é quem gosta de carinho.)

Amar é isso: cuidar e libertar. Esperando pela volta. Porque quando se ama e é amado, há sempre um recomeço.

12 comentários:

Angélica disse...

Que lindo isso Nina.
Tomara que eu também aprenda a deixá-lo ir quando chegar o tempo! Por enquanto, ainda o quero colado a mim e vivo falando que ele é meu, KKKKK. Beijos!

Andarilho disse...

Ah, adorei o "Não deu tempo, mamãe, estava tão bom!"

3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Que lindo esse final...há sempre espaço para um recomeço, então?

=)

O que a Menina anda aprontando, hein? rsrsrs

beijosss

deb

Nina disse...

Angélica,

Ah, o tempo é "sempre". O amor não prende, liberta.

Bjo

Andarilho,

Delícia essa resposta, mesmo!

Bjo

Nina disse...

Deb,

Quando há amor, há espaço. Porém... precisa haver.

(não ando aprontando nada, infelizmente, rs!!!)

bj

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Nina,
Quer dizer que sua menina já está dando seus primeiros passos sem você?
E que bom você desde já pensar assim.
Beijos.

Nina disse...

Helô

Adoro seus comentários!
Sim, já faz um tempo que eu incentivo que ela durma fora de casa sem mim, faça passeios independentes. Houve um tempo em que comecei a viver por ela e para ela, e me dei conta que esse dependência mútua não fazia bem a nenhuma das duas (embora seja gostoso, como disse a Angélica...)
Obrigada por estar sempre aqui!

Bj!

Danny disse...

Também tenho que aprender a deixar minha pequena livre, tomara que não seja dificil.
A Nathalia não fica muito tempo longe, as vezes vai brincar na casa da visinha e dali a pouquinho já vem e trás a amiguinha pra brincar em casa, ela prefere ficar por perto, e eu também prefiro assim.
Mas tenho a consciência de que um dia terei que deixa-la livre para viver conforme ela quiser, aff, isso dói!!!
Que bom que vc é tranquila nessa parte.
Bjs!

Nina disse...

Danny,

Ah, não sou tranquila!
Adoro minha filha por perto, queria ficar sempre grudada. Meu coração fica na mão quando ela está longe, sinto falta o tempo todo. Queria que ela fosse sempre o meu bebê, que estivesse sempre ao meu lado e precisasse de mim pra tudo.
Mas... tenho convicção que o melhor para ela é saber se virar sozinha, ser feliz onde e com quem estiver. Ter horizontes amplos, e estar ao meu lado, ou de quem seja, por escolha e não por falta de opção, ou dependência.
MAS NÃO É FÁCIL NÃO!!!

Bj

.Olívia T. disse...

Minha mãe sempre me disse que ela me criou para o MUNDO e não para ela.

Mas eu sei que ela chorou quando nos víamos apenas 5 minutos por dia, e depois quando passamos a nos ver somente nos finais de semana.

Não sei como é ser mãe, mas sei como é ter uma mãe que me deixa livre para voar.

Parabéns Nina!

Bjs

.Olívia.

Nina disse...

Obrigada, Olívia!

Não é fácil libertar, contudo, é necessário.

Belas palavras, menina linda, feliz e livre. Sinto-me mais segura ao lhe ouvir falando assim.

Que minha fifi seja como você!

Bj

Fabian Simões disse...

Poxa, tão simples...
Lendo, sorri um sorriso tão sincero, tão gostoso... começou melhor meu dia.
Passso também a pensar em carente como quem precisa/gosta de carinho.
Muito melhor assim :)
Obrigado por compartilhar.

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