"É a vida, mais que a morte, a que não tem limites."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

PALAVRAS

Não me lembro de um tempo em que não sabia ler. Palavras me acompanham desde sempre. Um livro que ainda não li é sempre um prazer a ser descoberto. É esse meu vício. Nada de chocolates para mim: livros, sempre livros. Criança ainda, perdia-me nas festas procurando onde estavam os livros, e escondia-me para ler. Ainda me lembro do primeiro livro de "gente grande" que li, aos nove anos (e me encanta até hoje): "Música ao Longe", de Érico Veríssimo. Minha filha quase chamou-se Clarissa.

Esse encanto pelas palavras levou-me, talvez, ao equívoco de atribuir a palavras bonitas iguais sentimentos. Esquecendo-me que na vida, assim como na literatura, é possível inventar o belo. Tenho agora que descobrir a beleza dos gestos e o encanto do silêncio.

"Words are never as precise as touch" (Dana Gioia)


O Alexandre Serpa acertou em cheio ao lembrar-se dessa música no seu comentário:




Enjoy The Silence
Composição: Martin L.Gore

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
Enjoy the silence...

11 comentários:

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Nina,
Dá bem para sentir esse seu amor aos livros.
Mas, o que será que provocou sua desilusão com as palavras?
Beijos.

Nina disse...

Oi, Helô!

Pois é, está na cara o quanto gosto de ler, né?
Ah, não é uma desilusão com as palavras, não... Apenas uma constatação que nem sempre elas traduzem sentimentos. Há que se ficar atenta ao todo: palavras, gestos, silêncios...

bj!

Patrícia disse...

Nina, às vezes os gestos ou simplesmente o silêncio, falam mais que palavras. Eu fico sempre muito atenta aos gestos. Não sei porque, mas eles sempre me falam mais.

Beijos

Danny disse...

Eu também sempre adorei ler, mas nunca fui muito culta em minhas leituras, rs.
Quando criança li toda a coleção vagalume, na adolescência li todos do Pedro Bandeira e Cristiane F, depois viciei em Sidney Sheldon, adorei também Olga e Passáros Feridos.
Hoje quase não leio, mas continuo amando ler, quero que a Nathalia também goste.
Bjs!

Diálogo de Pedras disse...

As letrinhas dos livros tem o poder de criar em nossos cérebros, imagens que nossos olhos, na grande maioria das vezes, são incapazes de perceber.

Serpa disse...

De outro de meus 'poetas' preferidos, Sr. Depeche Mode ...

" ... Words are very unnecessary
They can only do harm ..."

http://www.lyricsfreak.com/d/depeche+mode/enjoy+the+silence_20039358.html

Nina disse...

Patrícia,

Sim, estou aprendendo isso agora...

Bj

Danny,

Ah, ler é tudo de bom, né? Principalmente, ler por prazer e não por obrigação!

bj


Roberto,

Sim, isso aí! Só que na vida real, às vezes essas imagens são ficção, como nos livros...

bj

Nina disse...

Alexandre!

Ah, "matou a pau". Isso, isso... Vou até incluir o vídeo na postagem. Obrigada!

bj

(o link da letra está truncado, repito aqui:

http://www.lyricsfreak.com/search.php?a=search&type=song&q=enjoy+the+silence)

Anônimo disse...

Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do Fabrício Carpinejar. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Eu sei que é ridículo da minha parte te mandar essa propagando control c control v, mas sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas no blog Fabrício, estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs


Narroterapia:

Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.


Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.


Abraços

http://narroterapia.blogspot.com/

O Neto do Herculano disse...

O silêncio, realmente, é esclarecedor; no entanto pouco utilizado.

Nina disse...

HNETO,

é que é mais difícil ler nas entrelinhas daquilo que não é dito.

Bj

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