Na minha vida, existem momentos que se aproximam daquilo que na língua inglesa se chama "serendipity", quando algo valioso que não está sendo procurado é descoberto. Quando ocorrem, sinto-me absolutamente feliz.
Esta experiência de felicidade total me aconteceu muitas vezes, mas é sempre inesperada. De repente, me dou conta que sou plenamente feliz. Nada me poderia ser acrescentado. Descubro subitamente coisas preciosas que estavam veladas. Percebo que minhas escolhas me trouxeram àquele instante e não importa o que me aconteça, é a minha maneira de reagir que vai determinar como isso me afeta.
Tenho a capacidade de reconhecer estes instantes quando acontecem e o cuidado de guardá-los na memória para sempre. Embora efêmeros, posso sempre recorrer às minhas lembranças para ter a certeza de que, logo ali, a felicidade total vai me encontrar novamente.
Procuro ensinar minha menina a reconhecer e a reter estes acontecimentos. Nas vezes em que estes presentes da vida acontecem quando estamos juntas, digo a ela para sentir a felicidade completa daquele momento. Em seguida, observar tudo ao redor: quem está lá, as cores, os sons, os cheiros. E então, fechar os olhos e guardar tudo, pra sempre. E o mais importante: agradecer a Deus.
Mas, pensando melhor, acho que as crianças sabem melhor do que ninguém o que é serendipity. Porque elas têm sempre este olhar de espanto para a vida, que lhes permite ver como novidade o cotidiano que as cerca. Por isso, estão sempre fazendo descobertas. Eu sei que, ao longo das lições da vida, perdi algo do meu assombro ao olhar o mundo. Mas tenho os olhos da minha filha para me lembrar de continuar a enxergar o encanto nunca findo da alegria que é viver.
Esta experiência de felicidade total me aconteceu muitas vezes, mas é sempre inesperada. De repente, me dou conta que sou plenamente feliz. Nada me poderia ser acrescentado. Descubro subitamente coisas preciosas que estavam veladas. Percebo que minhas escolhas me trouxeram àquele instante e não importa o que me aconteça, é a minha maneira de reagir que vai determinar como isso me afeta.
Tenho a capacidade de reconhecer estes instantes quando acontecem e o cuidado de guardá-los na memória para sempre. Embora efêmeros, posso sempre recorrer às minhas lembranças para ter a certeza de que, logo ali, a felicidade total vai me encontrar novamente.
Procuro ensinar minha menina a reconhecer e a reter estes acontecimentos. Nas vezes em que estes presentes da vida acontecem quando estamos juntas, digo a ela para sentir a felicidade completa daquele momento. Em seguida, observar tudo ao redor: quem está lá, as cores, os sons, os cheiros. E então, fechar os olhos e guardar tudo, pra sempre. E o mais importante: agradecer a Deus.
Mas, pensando melhor, acho que as crianças sabem melhor do que ninguém o que é serendipity. Porque elas têm sempre este olhar de espanto para a vida, que lhes permite ver como novidade o cotidiano que as cerca. Por isso, estão sempre fazendo descobertas. Eu sei que, ao longo das lições da vida, perdi algo do meu assombro ao olhar o mundo. Mas tenho os olhos da minha filha para me lembrar de continuar a enxergar o encanto nunca findo da alegria que é viver.
9 comentários:
Que lindo nina, fico muito feliz por você.
Acho que ao longo da minha vida perdi muito dessa capacidade, perdi o serendipity, tento resgatar isso, mas porque é tão difcil as vezes, não sei, mas vo continuar tentando
beijos
Que belo texto Nina!
Realmente devemos ser gratos a Deus por tudo aquilo que Ele nos dá. E saber reconhecer esses momentos marcantes também são o meu "desafio". Com crianças ao nosso lado, parece que tudo se torna ainda mais mágico e colorido. Beijos.
Quanto tempo de exposição à luz é necessário para que se obtenha uma imagem em uma câmara escura? Muito pouco e quento menos maior e melhor a sua qualidade.
Nascemos câmaras escuras impregandas de rico e, sobretudo, inesgotável, material ávido por revelção.
Serendipity, epifanias, insights... não importam os conceitos, interessa somente que ocorram para que a vida se revele inessantemente, em turbilhão inquietante de revelações que remetem a novas revelações e nos impregnam do sentimento que nos aproxima, tanto quanto possível, do divino que há em nós, na vida e nos mistérios epifânicos que nos surpreendem e maravilham a cada lampejo.
Aos que cuidam de perceber esses lampejos e de guardá-los, a felicidade de enxergar a vida com olhos para viver; aos que receiam a abertura de seus obturadores, a certeza de uma vida não vivida.
Às meninas de cachos, SERENDIPITY!
Vani,
não deixe que se perca a sua capacidade de se surpreender e se encantar com o mundo, não!
Tenho certeza que você é capaz de resgatar isso!
beijo!
Angélica,
Obrigada!
E tenho a certeza que você se sai muito bem em seu desafio!
beijo!
RMG,
Obrigada pelo comentário.
Que belo texto! Pura literatura! Você tem que mostrar ao mundo este seu talento para escrever!
Muito bonita a metáfora da câmera escura. Bonita e verdadeira. Fiquei comovida.
BEIJO
Ohhh que lindo Nina!! Que lindo ter os olhos da sua filha pra te lembrar a enxergar essas belezas. Nada me encanta mais na vida do que esse despertar de emocoes que surgem qd somos mae. Nao tem,sabe Nina, minha xará:), nao tem amor maior nessa vida do que o nosso pelos nossos filhos. Nao tem e eu te entendo perfeitamente.
Um beijo em vcs duas.
Lindo, Lindo, Lindo! Que todos tenhamos a capacidade de reconhecer que somos felizes, por momentos talvez, mas felizes com certeza.
Beijos
Nina,
Sim, não há amor maior!
Patrícia,
Nada mais triste que dizer "eu era feliz e não sabia..." Que saibamos sempre reconhecer o momento.
beijos!
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