Não sei como começou. Acho que vem de antes do início. Quando ela nasceu, veio com uma marquinha em formato de coração nas costas. Quase inacreditável a perfeição. Ainda está lá, mas mal se vê agora.
Talvez venha daí o hábito que ela tem de procurar corações escondidos. Eles estão em todos os lugares: em um buraco, uma pedra, uma rachadura de calçada, uma mancha... Ela me tornou sua parceira nessa busca, de forma que treinei meu olhar para encontrá-los. O bom é que eles quase sempre permanecem onde estão, e às vezes mudamos nosso caminho para passar pelos nosso preferidos. Temos especial afeto por um buraco na parede que divide uma oficina mecânica de um salão paroquial. Como uma janela entre dois mundos. Gosto de fotografá-los, aleatórios, isolados, imperfeitos, até ganharem significado pelos nossos olhares cúmplices.
Há poesia. Há amor. Há beleza. Sempre.
4 comentários:
Nina, essa menina é um tesouro!
Bjinho
Amo sua doces palavras ...
Ai que delicia de momentos, acho linda a relação de vcs e a maneira como são cúmplices.
Bjs!
Você escreve as coisas mais lindas, poesia pura.
Beijo
Postar um comentário