"É a vida, mais que a morte, a que não tem limites."

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tão longe, tão perto

Faz bem pouco tempo, eu sabia exatamente quantas horas eu havia passado longe da minha filha em seus quase cinco anos de vida.
Faz bem pouco tempo, eu havia dormido longe dela apenas uma vez. Faz bem pouco tempo, eu sabia o que havia acontecido em cada minuto do seu dia. Faz bem pouco tempo, ela era a única razão da minha felicidade.
Faz bem pouco tempo, porque havia colocado sobre os ombros pequenos da minha menina toda a minha vida, eu não era uma boa mãe.

Agora, há dias em que só nos vemos à noite. Eu já viajei sem ela, e foi muito bom. Ela dorme longe de mim às vezes, e gosta. Ela se troca sozinha. Já não sei mais tudo sobre ela. Hoje, ela é a melhor parte da minha vida, e eu da dela. Mas eu sei que ela não é um pedaço meu.
E por isso, agora nós duas podemos ser inteiras.

6 comentários:

Michele Rosa disse...

E viva a unidade do ser! Lindas palavras, Nina! Bjo bjo bjo

olga maria disse...

Nina, são muitos os cordões umbilicais que se vai cortando ao longo da vida. Um aprendizado sempre, para as duas partes. Parabéns pela compreensão cristalina desta necessidade.
beijo Olga

vani disse...

Oi Nina, parabens por mais essa etapa na sua vida e da sua garotinha de cachos.
beijos

Patrícia disse...

Nina, é muito bom se descobrir pessoa, depois da maternidade. Quando nos tornamos mãe, esquecemos que não somos só mãe, somos seres humanos, mulheres, pessoas... Daí, quando nos redescobrimos, a vida se torna muito, muito, muito, melhor.
Seja feliz!

Paulo Sales disse...

Título igual e um jeito semelhante de olhar a vida, com humanismo e compaixão. Gostei do seu blog também. Vou seguir.
bjs

Nina disse...

Paulo,

Que bom, me idenfiquei muito com você, também.

Seja bem vindo! bj

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