A gente pensa que o amor não tem fim, mas ele acaba.
Meus amores se transmudaram em ternura ou indiferença, mas foram todos finitos.
Indago-me se eu me transbordo tanto que esgoto o amor. Tenho sempre essa curiosidade, esses anseios. Eu me preencho do outro a tal ponto que muitas vezes senti alívio na hora de me despedir, de sair para trabalhar, de voltar para casa. Gosto sempre de ter meus espaços, meu tempo sozinha, sufoca-me um amor que não me deixe nunca. Toda a minha vida é feita de desvios, de exílios voluntários.
Ou seja talvez uma espera pelo que está por vir. Mas se o caminho é muito reto, eu saio da estrada...
Quero sempre um pouco de abandono.
Ou seja talvez uma espera pelo que está por vir. Mas se o caminho é muito reto, eu saio da estrada...
Quero sempre um pouco de abandono.
Imagem daqui
5 comentários:
Seus textos sempre me lembram algo de mim ou que sou ou que um dia fui ou senti!
Que bom que você voltou a escrever mais vezes, adoro seu blog!
Bjs
Inesquecível.
Você, seus textos.
Beijos
Se, de tudo nessa vida natural ou sobrenatural, nada consegui compreender, confortam-me as limitadas capacidades do Ser.
Amar, por exemplo, em seus diferentes desenhos e possibilidades, como explicá-lo ou compreendê-lo, se nos foi dado, somente, experimentá-lo?
Dizem os poetas que amar é uma experiência extraordinária e a elegem a uma categoria quase divina, senão divina por essência.
Na verdade, amar, é tão natural quanto qualquer outra virtude ou vício que nos anima.
Se não se confunde com qualquer desses atributos naturais, é porque nos faz experimentar - de forma real - sentimentos e sensações táteis que, mística ou mitologicamente, supomos divinos ou sobrenaturais.
Que trégua maravilhosa nos permite o amor nessa travessia desse mar infinito e indecifrável que é a vida!
Enfim, não seria possível a vida caso essa inestimável capacidade inexistisse, mesmo que, para alguns, como eu, apenas existam sustos de felicidade.
Benditos sustos!
Benditos sejam.
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