"É a vida, mais que a morte, a que não tem limites."

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Sabor da Serra - Gomeral


(Update: esse restaurante fechou. Para quem chegou até aqui procurando informações de restaurantes no Gomeral, recomendo: 
Tao do Gomeral
Página do TAO do Gomeral no Facebook


Neste domingo, estive perto do céu.
Eu, minha menina e minhas sobrinhas gêmeas - a loira e a morena - passamos o dia no Restaurante "Sabor da Serra Gomeral."
Um lugar lindo, que fica no alto da Serra da Mantiqueira, na divisa de Guaratinguetá e Campos do Jordão. Existem hortênsias azuis, roxas, rosadas por todos os lugares. O pessoal da casa é absolutamente gentil e gosta de conversar sobre as belezas da região.

Olhando as fotos, não dá para acreditar que estamos em dezembro. A neblina ia e vinha, deixando as meninas felizes por estarem dentro das nuvens. Nos momentos claros, víamos diversas cidades do Vale do Paraíba. À esquerda, uma cachoeira ilumina um paredão de pedra.





Antes do almoço fizemos uma trilha até uma queda d’água. Uma aventura para as crianças! No caminho, elas viam fadas e duendes...Cuidadosamente, passamos por pontezinhas cobertas por tampinhas de garrafas, nos seguramos em troncos e raízes de árvores, caminhamos sentindo o cheiro da terra molhada.






O cardápio do restaurante foi pensado na medida exata, privilegiando a culinária caipira e trutas pescadas nos rios da região. Neste domingo, além das opções do cardápio, estava disponível uma feijoada feita no fogão à lenha. Além de deliciosa, combinou com o friozinho do dia.


Depois do almoço, fiquei apreciando a vista do deque e jogando conversa fora, enquanto as crianças faziam novas descobertas. Encantaram-se com borboletas, flores, frutas e insetos. Minha sobrinha loira pegou nas mãozinhas um besouro. Minha menina admirou a coragem da prima!








Voltamos para casa ao cair da noite. Enquanto ao longe as luzes das cidades se acendiam, vagalumes iluminavam nosso caminho.
Sempre há uma luz na escuridão para nos mostrar o caminho de volta...


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Grávida!

Quando penso em minha gravidez, lembro-me de ser absolutamente feliz.

E no entanto, foi uma época bem difícil. Fui a todos as consultas e ultrasons sozinha. Somente uma vez minha mãe, que estava me visitando, me acompanhou. O pai da minha menina já tem outros filhos e não queria mais. Hoje ela é muito, muito amada. Mas aquele foi um tempo de poucas conversas e muitos silêncios. Contudo eu nunca me senti triste ou só, e apareço radiante de alegria em todas as fotos.

Pouco mais de um mês antes de ela nascer, viajei para a cidade do meu coração. Só nós duas. Lembro-me do calor, de dormir e de ser feliz. Exibia orgulhosa minha barriga pela cidade. Um amigo da família, fotógrafo, me encontrou um dia com meu pai no final da gravidez e gostou tanto, que me presentou com fotos que agora mostram a mim e a todos como eu estava bonita. Felicidade embeleza...

O pai da minha filha não veio para o nascimento, e ela chegou só para mim. Fui eu quem a registrei. Ficamos 28 dias por aqui. Voltamos agora, nós duas novamente.
Não está sendo fácil, mas lembrando nossa história, talvez já estivesse escrito que era para ser assim.

Eu e ela, ela e eu. Aqui, nesta cidade. Superando as dificuldades para fazer valer o nosso lema:

"Viver é muito bom!"

sábado, 6 de dezembro de 2008

Farol

Viajamos na noite estrelada.
Aqui e ali, vê-se a terra ferida. Placas na estrada exibem nomes que evocam a recente tragédia das chuvas.
A viagem é longa, mais que o normal. E aos poucos, minha menina e eu vamos nos aproximando de nossa nova vida.
Estão sendo dias que para ela parecem férias. Mas de vez em quando vejo uma sombra em seu olhar. Ela ainda está confusa e no telefone pede para o pai vir visitá-la no "dia da família", como chamávamos os finais de semana.
Eu e ela tentamos nos adaptar a uma nova rotina, tão diferente. Eu quero manter nossos hábitos e mostrar a ela que os nossos princípios devem ser válidos em qualquer lugar e situação. Não esta sendo fácil, porém.
Na noite estrelada, porém escura, é o rosto sereno da minha menina de cachos que ilumina o meu caminho.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Enchentes em Santa Catarina

A situação climática aqui no Estado de Santa Catarina melhorou, mas infelizmente muitas vidas foram perdidas e afetadas pela tragédia.
Quem puder ajudar, seguem informações sobre como proceder:
Doações em dinheiro podem ser feitas através de depósito em nome do
Fundo Estadual da Defesa Civil
CNPJ 04.426.883/0001-57
O órgão atentou para a ação de golpistas na internet e ressaltou que não recebe doações pela rede, assim como não envia mensagens eletrônicas com pedidos de auxílio. A seguir, as contas abertas para receber os depósitos.

Caixa Econômica Federal
Agência 1877
Operação 006
Conta Corrente 80.000-8

Banco do Brasil
Agência 3582-3
Conta Corrente 80.000-7

Besc
Agência 068-0
Conta Corrente 80.000-0

Bradesco S/A
Agência 0348-4
Conta Corrente 160.000-1

Doaçãos de alimentos, roupas e outros:

A campanha Santa Catarina Solidária vai arrecadar alimentos, roupas, calçados, roupas de cama e itens de higiene pessoal para as vítimas da tragédia.
A entrega dos donativos poderá ser feita em qualquer agência dos Correios, desde que em caixas de no máximo 30 quilos, endereçadas à Defesa Civil do Estado de Santa Catarina.
Existem também em todo o Brasil muitos pontos de coleta em lojas, associações, entidades etc.

SAIBA O QUE DOAR PARA AJUDAR:

Cerca de 1,5 milhão de pessoas foram atingidas pela chuva em Santa Catarina, e boa parte delas precisa de doações de comida pronta para o consumo, água potável, roupas e material de higiene pessoal.
A Defesa Civil orienta as pessoas para que observem algumas condições antes de fazer doações:

- Alimentos: Podem ser doados alimentos e bebidas fáceis de serem consumidos, como água potável, bolachas doces e salgadas, barrinha de cereal, pão ensacado, leite e suco de caixinha, achocolatados, enlatados, leite em pó e frutas em pequenas quantidades.Quem deseja doar alimentos como arroz, feijão e massas deve levar aos postos de coleta já prontos, separados por marmitas para fácil consumo. Não devem ser doados alimentos que necessitem de refrigeração ou cozimento, como carnes e frios, congelados, iogurtes, arroz, feijão e massas embaladas.

- Roupas: As pessoas prejudicadas precisam também de roupas, agasalhos, roupa de cama, cobertores, lençóis, toalhas, mamadeiras para as crianças, colchões e calçados de todos os tamanhos. Os calçados tem que estar amarrados um ao outro e com a numeração do par escrita no solado. Os artigos precisam estar em bom estado de conservação, limpos e embalados. Prontos para uso imediato.

- Higiene: também pode ser doado material de higiene pessoal, como fraldas descartáveis, escova de dentes, xampu, absorventes, papel higiênico e sabonetes, e de limpeza, como água sanitária, desinfetantes, sabão em barra, luvas e botas de borracha, vassouras e escovas.
Colchões e roupas de cama devem estar em bom estado de conservação, limpos e prontos para utilização.

Dúvidas:

As empresas ou pessoas de outros estados que tiverem interesse em fazer doações para as vítimas das enchentes de Santa Catarina podem entrar em contato com o Departamento Estadual de Defesa Civil do Estado, pelo número (48) 4009-9885. As principais necessidades são de alimentos, água e produtos de higiene pessoal.

Os catarinenses devem ligar para 199 ou para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional mais próxima do seu município.


Para ajudar os animais afetados pelas enchentes e deslizamentos de terra:

http://everywomansamadonna.blogspot.com/2008/11/apelo-animais-em-santa-catarina.html

"E o escuro ruído da chuva
É constante em meu pensamento.
Meu ser é a invisível curva
Traçada pelo som do vento... "

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Não é adeus, apenas até logo

Sexta-feira foi o último dia da minha menina na escola. Com a separação, nós duas vamos nos mudar para outra cidade.

Gosto bastante desta escola, que não é perfeita, mas tem o que para mim é mais importante: valores similares aos meus. A alimentação é saudável. As turmas são pequenas, o que eu acho que ajuda a evitar o bullying. A direção da escola tem o grande talento de saber escolher as professoras. De forma que no tempo que passou na escola, minha menina teve três ótimas educadoras que são também excelentes pessoas.


Na Semana da Criança, cada sala apresentou para as outras uma peça. Minha menina foi a Menina dos Cachos Dourados (da história dos Três Ursos). Ela adorou ficar no palco a maior parte do tempo! E gostou mais ainda porque naquele dia ela voltou a ter cachos, graças ao baby liss. E foi não só para mim, mas para todos, minha menina de cachos mais uma vez.

Assim como minha filha se tornou amiga dos colegas de classe, eu também fiquei amiga dos pais. E nosso novo caminho começa um pouco vazio, sem eles.


Em seu último dia, ela foi vestida de Tinkerbell(Sininho). É sua personagem favorita no momento. Gentilmente, a mãe de um dos amiguinhos mandou um bolo, que ela e os colegas confeitaram juntos. Ela também ganhou alguns presentes e um cartão. E fez um lindo book of the year, com o desenho da professora e dos colegas, que ilustram este post. Interessante que ela desenhou também a amiguinha que deixou a escola em junho.

Para ela, foi um pouco de festa. E no último momento, descendo as escadas, quem chorou fui eu...


Para saber mais:


http://www.dltk-teach.com/rhymes/goldilocks_story.htm

sábado, 22 de novembro de 2008

Pausa Culinária

Estamos passando por um momento delicado. Eu e o pai da minha menina estamos nos separando.

Então, hoje vou postar a receita de bolo preferida dela. Para alimentar o corpo e a alma. Confort food...

BOLO DE MILHO


1 vidro de leite de coco

3 ovos

3 colheres de manteiga ou margarina

1 copo (grande) de fubá

a mesma medida de acúcar (eu prefiro açúcar mascavo)

1 lata de milho verde escorrida

1 colher de sopa de fermento em pó


Bata muito bem no liquidificador o leite de coco, os ovos, a manteiga, o fubá e o açúcar. Diminua a velocidade e acrescente o milho e o fermento, batendo só um pouquinho. Despeje em forma untada e polvilhada com um pouquinho de canela misturada à farinha de trigo. Leve ao forno médio pré-aquecido.


Fica com gostinho de bolo de vó. Sabe, gosto de infância.

Para enganar ainda mais os sentidos, acompanhe com um falso café de fogão à lenha (para os adultos): em uma frigideira em fogo baixo, coloque um pouquinho de açúcar. Quando começar a derreter, acrescente a quantidade de pó de café que você for usar. Deixe mexa levemente e deixe torrar um pouquinho (bem rápido!). Coe essa mistura no coador de pano, ou até mesmo no coador com filtro de papel.


(Ilustro este post com o brinquedo que minha filha tem que eu mais gosto. Uma boneca que ela fez na escola, com material reciclado, chamada Xepa).

sábado, 15 de novembro de 2008

Depois da tempestade

Como é forte e simbólica a imagem do sol que surge após a tempestade...

Faz tempo que chove aqui. Dia desses, final de tarde, parou de chover e saiu o sol. Corri para a janela e lá estava:
Um arco-íris!

Tirei fotos e apressei-me para ir buscar minha menina mais cedo, para vermos juntas coisa tão linda! Mas não deu, quando cheguei à rua, ele já tinha ido.
O sol continuava, porém. E parecia que todas as pessoas sentiam-se como eu. Junto com a umidade, havia também no ar a esperança...

Peguei minha filha e no caminho de volta, ensinei a ela os versos de uma canção:

The colors of a rainbow
so pretty in the sky
Are also on the faces
of people going by
I see friends shaking hands
sayin' "how do you do?"
They're really sayin'
"I love you"


Enquanto o sol se punha, chegamos em casa cantando. A mãozinha dela na minha. Sem perceber que sou eu quem me apóio nela...


What a wonderful world...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Degustando a vida

Minha menina não gosta de batatas fritas. Nem de salsicha.
E eu tenho muita inveja dela!

Desde pequenina que eu procurei ensinar a ela hábitos alimentares saudáveis e também o prazer de comer. Hoje ela faz suas próprias escolhas e não tem medo de experimentar sabores novos. Embora quase sempre desista de continuar comendo na primeira vez...

Já aconteceu de irmos ao supermercado e as pessoas ficarem me olhando com cara estranha enquanto ela insistia em voz alta para eu comprar couve-flor e eu negava (se não, tem couve-flor todo dia em casa!). Mas na maior parte das vezes ele é uma menininha muito feliz e saudável, que gosta de arroz, feijão, salada de tomate e alface e uma carninha (ou frango, ou peixe). E couve-flor, claro!

Na escola dela o lanche é igual para todos - eu acho ótimo! E tem também o "fruit time", com três tipos de frutas todos os dias. Nem preciso dizer que ela é a "Maria Frutinha"... Hoje mesmo ela ficou toda feliz porque encontramos morangos orgânicos para comprar. Aliás, morangos só consumo orgânico. Ela já aprendeu isto e às vezes me embaraça perguntando para as pessoas que oferecem a fruta ou receitas com ela perguntando "é orgânico?". Diante da negativa, ela diz "então não quero".

Eu adoro comer fora e sou fã número um de cafés. Gosto de observar as pessoas. Minha filha é minha melhor companheira nestas horas. Por isto, desde bem pequena, ela sabe que a regra é:
Ficar na cadeira. Não pode levantar.
Simples assim. E funcionou e funciona. Ela se interessa pelo que come, participa da refeição, conversa. Se entretém com um brinquedo, ou desenhando. Assim, é convidada por todos para todos os lugares, e conhecida por ser uma criança educada (sem deixar de ser alegre e feliz).
Mas claro que sempre que possível, procuro escolher lugares com espaço para crianças. Aqui na Ilha ha dois lugares imperdíveis:

Café Kiwi
http://cafedasquatro.blogspot.com/2008/09/kiwi-o-caf.html
Além das receitas com ingredientes orgânicos, decoração charmosa e da simpatia do staff, ainda tem um lousa e muitos lápis e papéis para as crianças. Amo!

Pizzaria Lorenzos
http://www.pizzarialorenzos.com.br/
Para mim este é o melhor endereço "secreto" daqui. Tudo é encantador, da entrada com uma ponte e que passa no meio de pedras, à surpresa de ver o proprietário cantando um tango. A vista é linda e o salão foi feito pensando em todo mundo: desde os casais (reserve a mesa 13), a grupo de amigos e famílias (mesas 1 e 2). Mas o que mais encanta minha filha e outras crianças não é nada disto. Nem mesmo o excelente espaço com livros e brinquedos. O grande charme do local é que as crianças podem fazer sua própria pizza, desde a massa à cobertura. Imperdível! (E sim, a pizza é uma delícia, e os preços, justos!)


Para saber mais - algumas outras experiências gastronômicas que recomendo:
http://www.slowfoodbrasil.com/
http://www.restaurantepitangueiras.com.br/
http://www.deliciasportuguesas.com.br/
http://www.tocadourso.com.br/
http://www.ostradamus.com.br/

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

De crianças e andorinhas

Eu sou uma árvore.
Cresci espalhando meus galhos em muitas direções, cada vez mais alto. Mas entre viagens e mudanças de endereço, lancei minhas raízes cada vez mais fundo na cidade do meu coração.

Eu e minha menina ficamos dez dias por lá. Ela absolutamente feliz por não ser mais ilha, por estar rodeada de tantas crianças, bichos, avós, tios, tias... Alegria sem tamanho!

Foi aniversário de 15 anos da minha sobrinha linda. Ela foi minha primeira filha, a criança que me ensinou o amor acima de todas as coisas. Eu me perguntei algumas vezes se seria capaz de amar outra criança tanto quanto ela. E aprendi que o amor se multiplica.

Lá estava sol e calor. Minha filha nadou muito, até aprendeu com o Tio João a "nadar" sem bóia. Uma graça a coragem dela, tão destemida, tentando de novo mesmo quando afundava. Em uma noite quente e perfumada, sentada no meu colo, ela viu vagalumes pela primeira vez.
Tivemos ainda a sorte de participar da celebração dos 30 anos de casamento de meus tios, que aconteceu no lugar mais mágico que conheço. Minha menina neste dia dormiu lá, "sem mãe e sem pai", e se divertiu muito! Ficamos as duas orgulhosas, porque ela não chorou, ao contrário!

E no sábado pude fazer com ela e com as gêmeas o passeio que fazíamos quando morávamos por lá. Ela pediu porque não se lembra mais... Dois anos só!
Fomos à praça, comemos pipoca e paçoca de pilão (íncomparável), ao Mercado Municipal, à Estação Ferroviária... E eu e minha mãe vimos o velho pelos olhos dos novos. E tudo ficou ainda mais lindo!

Na chegada e no dia anterior à volta, ficamos na casa do Vovô. Outra realidade, cidade grande, apartamento pequeno. E ela mais uma vez apreciou a experiência e fez muita bagunça com o meu pai!

Agora, estamos de novo na Ilha. E para mim ficou a imagem das andorinhas que entravam e saíam do teto da casa, tão parecidas com as crianças que estavam ali, em sua algazarra, liberdade e beleza.


Para saber mais:

http://www.agostinhodapacoca.com/

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Home is where your heart is

Minha menina e eu estivemos viajando juntas, para a cidade do meu coração.

Esta semana atualizarei o blog!

Solar
Milton Nascimento

Venho do sol
a vida inteira no sol
sou filho da terra do sol
hoje escuro
o meu futuro é luz e calor
De um novo mundo eu sou
e o mundo novo será mais claro
mas é no velho que eu procuro
o jeito mais sábio de usar
a força que o sol me dá
Canto o que eu quero viver
é o sol
somos crianças ao sol
a aprender a viver e sonhar
e o sonho é belo
pois tudo ainda faremos
nada está no lugar
tudo está por pensar
tudo está por criar
Saí de casa para ver outro mundo, conheci
fiz mil amigos na cidade de lá
amigo é o melhor lugar
mas me lembrei do nosso inverno azul
Eu quero é viver o sol
é triste ter pouco sol
é triste não ter o azul todo dia
a nos alegrar
nossa energia solar
irá nos iluminaro caminho.


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Presentes, princípios e valores

Estou tendo problemas com o presente que demos à minha menina do Dia da Criança. O brinquedo não funciona como deve. Pior que não é defeito apenas do que compramos, é um erro de projeto, mesmo.

Desde domingo passado este presente tem sido motivo de desencanto para ela. É uma situação bastante delicada, pois envolve também os princípios e atitudes que ensinamos. Não mentir, cumprir o que promete, fazer sempre o melhor possível, não magoar os outros... Tudo isto está sendo questionado pela minha filha em relação ao ocorrido. Quando ela finalmente entendeu que o brinquedo não funciona como no comercial da TV e NUNCA irá funcionar, a tristeza e decepção foram sem tamanho...
Eu não compro brinquedos de camelô. Não compro DVDs piratas. Dou preferências à empresas que tenham políticas sociais e ambientais. O brinquedo em questão tem selo do INMETRO e a empresa é reconhecida pela Fundação Abrinq. Mas quem trabalha com crianças, trabalha com mais que qualidade. Trabalha com sonhos. Os cuidados devem ser muitos maiores!
Como este é um blog anônimo, não acho ético revelar aqui o nome da empresa e do brinquedo. Estou há quase 10 dias em negociações com a empresa para chegar a uma solução. Recebi algumas propostas ridículas. Mas acho que o caso se encaminha para a solução que acho correta: devolução do dinheiro (e do brinquedo). Graças, principalmente, à intervenção da ABRINQ, a quem denunciei o ocorrido. Também fiz denúncia ao CONAR, já que o que é anunciado não corresponde à verdade.
Minha menina chegou a dizer que "não é certo enganar as crianças". Não é mesmo.
Você tem razão mais uma vez, filha.
***
Agora vou contar um caso inverso. Um caso de respeito ao consumidor e preocupação com o público infantil. Neste caso, faço questão de contar o nome da empresa: O BOTICÁRIO
Anos atrás, eu passava no rostinho da minha menina, que ainda tinha cachos, o bloqueador solar infantil da marca. Por descuido meu, acabei deixando um pouco do produto entrar no olhinho dela.
Lavei bastante com água e soro fisiológico, mas como o olho continuava bastante irritado, liguei para o número do SAC para perguntar se havia alguma outra providência recomendada. Liguei sem maiores pretensões.
Recebi O MELHOR ATENDIMENTO DO MUNDO. A pessoa que me atendeu tinha total autonomia. Ela mesmo resolveu o problema rapidamente e acompanhou o caso até o fim.
A empresa fez questão que eu levasse minha filha ao oculista. Pagaram todas as despesas com remédios (colírio). A funcionária que me atendeu ligou durante uma semana para saber como minha criança estava. E ainda se ofereceram para analisar o produto ou trocá-lo.
Depois de 15 dias, recebi uma carta com todas as informações do atendimento. Uma carta pessoal, e não padronizada.
Veja bem, tudo aconteceu por um descuido MEU. E nem foi nada grave. Mas O Boticário demonstrou que o respeito ao consumidor realmente é um valor importante para a marca.
E ganhou ao menos duas consumidoras fiéis pelo resto da vida.
RECOMENDO MUITO:
Para denunciar:

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Horizontes

Existe um verso de Fernando Pessoa que é muito citado em sentido figurado.
Este verso faz parte de um poema com o qual me identifico, porém em seu sentido literal...

Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nasci em São Paulo, mas meu coração vai morar para sempre na cidade do interior onde passei boa parte da minha vida. Que não é tão pequena assim, mas tem uma zona rural onde os mais velhos usam chapéu de palha, onde se cozinha à lenha. A paçoca é feita no pilão e logo ali, atrás da Serra, fica Minas Gerais.
Eu preciso ver montanhas ao longe para ser feliz. Por mim passa o Caminho do Ouro, e o mar é antes de tudo um cheiro, que sobe pela mata úmida da Serra do Mar e deságua em Paraty.

Como serão os horizontes da minha menina? Criada no litoral, à beira de um mar que não tem cheiro. Longe de avós, tios, tias, primos...Brincando no playground e não no quintal. Com pai que trás na bagagem a lembrança dos pampas sem fim.

Acho que minha filha vai ser o que eu nunca consegui: cidadã do mundo!
Quanto a mim...
Eu tenho a alma caipira. Gosto das cidades pequenas e dos grandes quintais.


Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"

DA MINHA ALDEIA vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.

domingo, 12 de outubro de 2008

Valsa para uma menininha

Feliz Dia da Criança, filha querida!

(Hoje é dia da Santa protetora que foi encontrada na cidade do meu coração...)

sábado, 11 de outubro de 2008

Receita de amor

A receita de pão de minuto que eu postei abaixo, minha avó querida fazia sempre para mim.

Agora, sou eu quem faço para alguém com o mesmo nome e que eu também amo muito...

Fiz nesta quinta mesmo, para minha menina levar para o "acampamento" da escolinha. Eu gosto de preparar as receitas que ela tem que levar em dias especiais. Gosto dela ao meu lado na cozinha. Fica tudo misturado: os ingredientes, o aroma no ar, nosso amor.
E dura muito mais que um minuto...

Brincadeira de Dia da Criança

A Paula, do http://paulapopi.blogspot.com/, me desafiou a:


*Colocar selinho

*Hora do recreio, qual a melhor brincadeira da sua infância:
Eu gostava de brincar no quintal das minhas avós, andar de patins e brincar de "mãe da bola".


*Brincando de cozinha, receita de sucesso no lanche da tarde da sua infância:
PÃO DE MINUTO
(pode ser doce ou salgado)
Ingredientes:
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
100 grs. de manteiga
1 colher de sal ou açúcar
1 ovo
1 xícara (chá) de leite
Se for fazer salgado, acrescente 2 colheres de quijo ralado na massa.
Modo de fazer:
Misture tudo, faça bolas médias e leve ao forno médio pré-aquecido em forma untada e polvilhada. Se quiser, pincele com gema, café ou geléia.
Pode rechear as bolinhas com queijo, goiabada, pedacinhos de maçã ou banana...
*Passar para três blogs :

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ela não estava lá...

Vi uma foto do aniversário do meu irmão.
Muitas crianças em volta dele.
Faltou minha menina de cachos...

(e eu também, queria tanto!)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Qual a sua idade?

Observei um fenômeno curioso neste último domingo, dia de eleições. As mulheres mais velhas vestidas como adolescentes e as adolescentes vestidas como mulheres mais velhas. Parece que todo mundo quer ter 25 anos, a não ser quem tem 25 anos!

Não sei se isto se repete Brasil afora, mas me incomodou bastante. Cada fase da vida tem seus encantos. Em cada idade nos cabem privilégios. Eu fui feliz quando criança, quando adolescente, quando adulta jovem. Eternizo estes bons momentos na memória e não no meu guarda-roupas!

Felizmente minha filha estuda em uma escola que não é adepta de modismos. Não sei se por ter mais meninos que meninas.

A vaidade da minha menina ainda é bastante lúdica, como convém a uma criança de 4 anos. Ela gosta de roupas coloridas (de preferência rosa, argh!!), de fantasias, de enfeites brilhantes. Eu ainda estou no comando das compras e escolha de roupas. Aliás, evito levá-la comigo às compras, tento não incentivar o consumismo. Evito particularmente peças que exibam a marca com destaque, como uma certa "rata". Também não compro para ela roupas de "adulto em miniatura".

Existem na minha família certas peças de roupa que vão passando de uma criança a outra. A mais antiga delas é um casaco de lã, que foi meu quando eu tinha uns 4, 5 anos e depois foi usado por grande parte da família, irmãos e primos. Claro, graças ao fato de eu quando criança morar em uma região de clima quente e invernos amenos! Ver minha menina de cachos com este casaco me lembra que o tempo não pára, mas se perpetua. A criança que fui está viva na minha filha.

E se as lágrimas saberão seu caminho através das rugas que irão surgir, também os risos deixarão marcas permanentes. No rosto e no coração.


(Minhas marcas brasileiras preferidas de roupas para crianças:







Infelizmente, onde moro não vende... Sonho de consumo, especialmente a green fairy: http://www.kidorable.com.br/ )
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Incêndio!

A gritaria me acordou. Olhei para o relógio: 3hs da manhã. No apartamento de cima, muito barulho.
Madrugada de sábado para domingo, moro próximo a um hotel onde frequentemente se hospedam adolescentes barulhentos. Pensei que era mais um caso de bagunça. Mas os gritos começaram a fazer sentido:

- Chama o bombeiro!
- Sai todo mundo, 'tá pegando fogo!
- Ah, vai morrer todo mundo!

Resolvi conferir, ainda sonolenta. Abri a janela do quarto, o cheiro de fumaça invadiu. O incêndio era real. E era no meu edifício.

Corri para sala, meu marido tinha aberto a porta da sacada, o cheiro de fumaça estava mais forte. Neste momento, parei de pensar. só agi. Minhas pernas tremeram. Corri para acordar minha menina, não medi as palavras:

- Filha, acorda! O prédio está pegando fogo e temos que descer.

Ela não perguntou nada. Não se assustou, nem achou que era brincadeira. Apenas estendeu os braços. Saímos os três de pijama. Só coloquei os sapatos e peguei a bolsa, ainda assim porque ela fica sempre ao lado da porta. Passei minha filha para o colo do pai. Alguns vizinhos também já estavam descendo pela escada de incêndio. Uma moça entrava no elevador com o cachorro:

- Por aí não, pode faltar luz e você ficar presa.

E descemos. O cheiro de fumaça cada vez mais forte. Minha menininha com o rosto escondido no ombro do pai, tentando não respirar a fumaça. Algumas vezes a luz falha. Finalmente, chegamos ao térreo. Muita gente lá.

O incêndio é no terceiro andar. Alguns moradores combatem o fogo com a mangueira do edifício. Os bombeiros chegam, logo tudo está controlado. Ninguém está machucado. Apenas uma moça chora muito, porque entrou em pânico e esqueceu o cachorro. Um toque tragicômico: em meio à fumaça que invadia o terceiro andar, desorientados, os bombeiros arrombaram a porta do apartamento errado. O dono está viajando.

Ficamos uma hora lá, esperando liberarem o edifício. Ainda há muita fumaça, mas o estrago é restrito à área de serviço do apartamento, onde o fogo começou, não se sabe ainda o porquê. Os moradores do apartamento estão calmos, passam por nós com algumas bolsas, vão passar a noite fora.

Voltamos para casa. Durmo de mãos dadas com a minha filha. Antes de dormir, ela fala:

- O importante é salvar as pessoas, né, mãe?

Sim, meu amor. Naqueles breves instantes antes de deixar minha casa, decidindo o que levar, eu sabia que tudo o que importava estava em meus braços:
Minha filha.

domingo, 28 de setembro de 2008

Aniversário

Dia desses, foi meu aniversário.
Meu e do meu pai, no mesmo dia.
Espero que eu tenha sido um bom presente para ele...

domingo, 21 de setembro de 2008

Viagem de trem - 2

(continuação do post anterior)
Dentro do trem, tudo é novidade! As máquinas fotográficas não param.

Atrás de mim, um homem filma tudo. Aliás, filmou sem parar a viagem inteira. Infelizmente, acho que ninguém irá aguentar ver o filme todo, longuíssimo...Chato!

Minha menina pula de banco em banco, ora conosco, ora com a teacher, ora com os amigos... Um conjunto regional entra e toca algumas músicas. Mas logo o balanço suave e o barulhinho ritmado começam a fazer efeito. Ela, que dorme no carro em qualquer passeio que dure mais que alguns minutos, começa a se encostar, os olhinhos lutam para ficarem abertos. Ela fala:

- Quanto mato, né, mamae?

E dorme.

Realmente, pela janela passam lindas paisagens verdes, meio encobertas pela neblina. Nem parece final de setembro! Está um dia típico de inverno e ao passarmos lentamente pela cidadezinha no mais alto da serra, parece que o trem nos levou para o passado, em outro país... Tudo está envolvido pela névoa branca, não há carros nas ruas e as poucas pessoas que passam estão com pesadas roupas de inverno. Enquanto o trem passa apitando, todas acenam e sorriem. Das casas, saem crianças com bochechas rosadas de frio, que pulam dando tchau!

O trem deixa a cidade e continua sua viagem por entre a natureza. Passamos por pontes e túneis.

Minha menina dorme...

Perto do meio-dia, chegamos à nossa parada para o almoço. Meio desorientada, minha filha acorda, olha em volta, sorri...

O almoço é em um salão comunitário, à sombra da torre de uma igrejinha. Bonito cenário. Mas a comida, bem ruinzinha, é o único ponto negativo do passeio.
Minha menina quer ir ao banheiro, a fila é enooooorme! Ela faz xixi no murinho e fica bem feliz por mais esta quebra de rotina. Quanta aventura!
O trem apita três vezes. Hora de voltar!
Desta vez minha menina vai bem acordada, aproveita as curvas e túneis, o amigo, a teacher. Os adultos se encantam alternadamente com a linda paisagem que corre pela janela e com as crianças dentro do trem.
Muitas pessoas estão à beira da estrada vendo o trem passar.
Adeus, adeus...
E logo chegamos, de volta ao ponto de partida... Todos felizes, com um brilho de infância no olhar.
A volta para casa é bonita e tranquila, em meio à neblina da estrada. Levamos a teacher para casa, minha menina quase chora...
Foi tudo tão bom! E o que vai ficar na lembrança da minha menina com certeza será terno. Talvez ela se lembre mais de a professora ter dormido em casa, de fazer xixi no muro, da rosca imensa... Mas misturada à estas lembranças, estará o balanço do trem.
E envolvendo tudo e todos, como a bruma, o amor.
(Para saber mais:

Viagem de trem - 1

Falei para minha menina que íamos passear em algo que ela nunca tinha "andado" antes. Pensando que ela iria acertar na hora e ficar muito feliz:
- Já sei, mãe! Vamos passear de helicóptero!
- Não, querida, de trem!
- Ah....

Pois é, o suspense acabou tirando um pouco da graça da surpresa. Eu não imaginei que avião e helicóptero fossem categorias diferentes...

Mas fomos ao nosso passeio de trem, e foi tão bom! Eu tenho as melhores lembranças desses passeios, na infância íamos sempre de Pindamonhangaba até Campos do Jordão. E ainda tive a sorte de fazer alguns passeios entre cidades em linhas regulares, que funcionavam paralelas aos ônibus e infelizmente se acabaram...
Foi tudo novidade para minha menina! Começou com a professora querida dormindo em casa, o que resultou em grande prestígio entre os amigos na escola. A teacher foi conosco, e como íamos sair cedo e ela mora longe, foi a solução mais prática. E também emocionante para minha filha! Deixamos a chave para ela na portaria (tivemos um compromisso) e um lindo desenho feito pela minha filha na porta do apartamento, antecipando a alegria do dia seguinte.
Quando chegamos em casa, a professora já dormia. Minha menininha olhava a porta do quarto com grandes olhos esperançosos... Mas soube esperar, e antes do sol nascer do dia seguinte, foi acordar nossa companheira de viagem. Que parecia tão feliz quanto ela!
A viagem foi longa até a cidade de destino. O sol nasceu lindo no horizonte sobre o mar, mas logo começou a chover fraco. Na subida da serra, as flores e as árvores mostravam-se ainda mais verdes e lindas e em certos momentos a neblina que descia me lembrava como eu gostava de procurar anjos quando dirigíamos nas nuvens.
Chegamos cedo. A velha estação ferroviária só nossa. Parecia triste, com tantos trens abandonados. Mas a Maria Fumaça do nosso passeio reluzia!
Minha menina, que dormiu a viagem inteira, estava com fome. Eu, ela, o pai e a professora fomos a pé até o centro da cidadezinha, lojas ainda abrindo, tomar café da manhã na padaria. Autorizada a pedir o que quisesse, escolheu uma rosca imensa, coberta de creme amarelinho. Não conseguiu chegar até o fim, mas o que não coube na barriguinha encheu por muito tempo seus olhos de felicidade!
De volta à estação, quanta gente! De todas as idades, de todos os lugares, em busca da delícia efêmera de um passeio de trem. Entre tantos, nos encontramos com o amiguinho de escola, uma prima e seus pais, como combinado. Ela e o amigo não se cansaram de mostrar tudo a teacher, orgulhosos da inversão de papéis.
O apito avisa: é hora de partir.
Os vagões mostram a idade, mas também beleza. Somos todos crianças nesta hora, unidos pela expectativa da partida.
Lentamente, o trem deixa a estação.
(continua no próximo post)

Ponta de Areia

Ponta de Areia



(Milton Nascimento & Fernando Brant)


Ponta de areia ponto final
Da Bahia-Minas estrada natural
Que ligava Minas ao porto do mar
Caminho de ferro mandaram arrancar
Velho maquinista com seu boné
Lembra do povo alegre que vinha cortejar
Maria fumaça não canta mais
Para moças flores janelas e quintais
Na praça vazia um grito um oi
Casas esquecidas viúvas nos portais

terça-feira, 16 de setembro de 2008

De cabelos e sonhos

Ainda não cortei os cabelos da minha menina.

Como ela nasceu carequinha, e tem só quatro anos, não são tão longos assim... E ainda guardam nas pontas a lembrança dos cachos dourados.

Ela está na fase de gostar muito de histórias de princesas e quer que os cabelos cresçam mais para ser "igual a Rapunzel". Mas eu quero diferente para você, minha filha! Quero que você tenha uma vida real, e não de contos de fadas.

Quero você uma mulher forte, independente e livre. Que seus horizontes sejam muito maiores do que uma torre. Que você mesma tenha a capacidade de resolver seus problemas, sem precisar de magia ou de um salvador. Que você encontre, um dia, um companheiro que siga ao seu lado, não à sua frente.

E acima de tudo, que você seja feliz todos os dias, e não apenas no final.


(este post foi inspirado por uma troca de e-mails com alguém que admiro muito)


Update: Cortei eu mesma os cabelos da minha menina pela primeira vez dia 09/10/2008. Quatro dedos de cabelo se foram. Bastante, para um serzinho de pouco mais de 1,15 m. E ela pela primeira vez sofreu a frustação, comum a todas as mulheres, de ninguém notar o novo corte!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Lições

Hoje pela primeira vez não levei minha menina até a sala de aula. Fiquei no portão.
Não foi uma decisão antecipada, estávamos um pouco atrasadas e não quis entrar e atrapalhar, pois as crianças já haviam todas ido para a classe. Além do mais, eu não resisto a uma conversinha com a teacher... Então eu disse:
- Hoje você sobe sozinha, tá, filha?
E ela foi. Me deu um "grudinho de bico", um tchau desajeitado entre bolsas e o Urso, e foi.
Ao vê-la se afastar, feliz e autoconfiante, me deu uma tristeza... Uma vontade de tocar a campainha, entrar e seguir com minha filha.
Porque preciso dela para encontrar o meu caminho.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

... doce nome de filha

Eu já disse em outro post que minha infância tem a luz da casa dos meus avós paternos.
Minha menina de cachos tem o mesmo da minha avó materna. Elas nunca se encontraram... Mas eu conto para minha menina histórias da bisavó.
Minha avó era muito doce. Eu era um criança muito quieta e ela sempre me entendeu. Gostava de ficar em cima da cama no quarto dela enquanto era arrumado e ver a poeira dançando nos raios de sol. Estou nesta cama na minha foto preferida.
Ela me contava sobre sua infância e juventude, histórias que me encantavam. Filha mais nova de uma família bastante tradicional na cidade, suas roupas eram feitas por uma modista copiando figurinos que vinham de Paris (eu ainda tenho uma revista com estes figurinos). A casa dos meus avós era cheia de pequenos tesouros escondidos em armários e gavetas, xícaras chinesas delicadas como asas de borboletas, vidros de perfumes que cheiravam como um jardim inteiro, broches e enfeites vindos de lugares exóticos...
Minha avó era capaz de pequenos gestos cheios de significado. Cada neta tinha uma xícara especial para tomar café com leite e para cada uma ela fazia um bolo especial (meu irmão veio bem depois). Cozinhava divinamente. Também era muito bem humorada, gostava de contar piadas, adorava festas e estava sempre lendo, romances históricos que eu adorava ir comprar com ela no Mercado. Era muito sincera, para desgosto do meu avô, e histórias a respeito desta sinceridade fazem parte das lendas familiares.
Esta minha avó serena, que todos amavam, não teve uma vida fácil, no entanto. Perdeu dois filhos, um ainda criança, de sarampo. E outro, meu tio mais bonito e inteligente, morreu muito jovem em uma tragédia. Imagino que para ela e para meu avô a vida não tinha tantas cores quanto as que eles nos davam.
Ela tocou a vida de muita gente com sua delicadeza. Espero que minha menina seja, como ela, uma verdadeira dama.
(Minha outra avó tem nome de flor, mas é na verdade uma velha e bela árvore. Em sua sombra se abriga uma grande família, unida pela sua presença).

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Quando te vi, amei-te já muito antes

Eu queria muito ser mãe.
Mas parecia que não era para ser.
Porém, um dia eu sonhei com uma criança, linda, com cabelos claros cacheados. Vestida com um macacão jeans com detalhes coloridos.
No sonho, uma voz me disse:
- Este é o seu nenê.
Dias depois, descobri que estava grávida.
E quando minha menina tinha dois anos, era a imagem da criança do meu sonho.

"Quando te vi amei-te já muito antes
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro. "
(Fernando Pessoa)

sábado, 30 de agosto de 2008

Memórias

Dois blogs que eu gosto muito falaram sobre cheiros em posts recentes. Eu não tenho dúvidas sobre meus cheiros preferidos:

CHEIRO DE FILHA. É o melhor do mundo. Quando ela nasceu e trouxeram ela para mim, eu soube que a reconheceria pelo cheiro se não pudesse mais enxergar. Às vezes, no meio da noite, vou ao quarto da minha menina no escuro apenas para sentir o seu cheirinho de filha. De minha filha. Ela dorme, eu velo e o mundo fica em paz.

CHEIRO DE VERÃO. Vem após a chuva do fim de tarde. Cheiro de terra úmida, de chão quente e de flores plenamente desabrochadas. Cheiro de longos dias plenos de felicidade.

CHEIRO DE MAR. Tem também cheiro de férias e de infância. Surge de repente no alto da serra de Ubatuba e preenche todos os sentidos! É melhor ainda quando há neblina e não dá para enxergar o mar, apenas senti-lo próximo. Na Ilha em que moro, o mar não tem cheiro, e me parece um pouco menor...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Eternidade

Ela foi o bebê mais bonzinho que já existiu. Dormia a noite inteira. Não chorava nunca. Jamais teve cólicas. Até para tomar vacinas era tranquila!
As pessoas me diziam que nenê dá muito trabalho, e que ia ser bem mais fácil quando ela crescesse.
Olha, no meu caso, não é assim! Agora que ela tem quatro anos, é absolutamente travessa. Faz manha de vez em quando. Chora por bobagens. Está testando seus limites, desobedecendo a mim, ao pai, à professora...
Mas é só agora, quando ela começa a busca de seu espaço, que eu me dou conta que ela não é parte de mim. Essa percepção me choca. Porque aquele nenê bonzinho era meu. Mas esta menininha, que é a minha cara, é um ser com vontade própria e às vezes tão diferente de mim!
Ela é exibida. Eu sou tímida.
Ela é agitada. Eu sou tranquila.
Ela gosta mais da aula de "Eduçação" Física. Eu sempre gostei de ler.
E com todas as diferenças, sempre há o momento em que nos olhamos no olhos e nos reconhecemos uma na outra. Porque também temos tanto em comum. Na personalidade, nos gostos, nos meus gestos que ela espelha. Nós nos completamos.
Ela é minha continuação. Esta é a verdadeira eternidade.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Mães e filhas

Eu tenho guardados uma infinidade de momentos especiais que fizeram diferença na minha vida, ao lado de minha mãe...
Minha mãe vive no mundo da fantasia e da imaginação. Ela sempre atrai as crianças! Às vezes ela fantasia tanto que acho que nem ela sabe o que é real! Este jeito desligado dela contribuiu para minha independência, eu tive que aprender a "me virar", a ter responsabilidade pelas minhas coisas, ela nunca foi de olhar caderno, de cobrar nota, lição de casa, nada disto.
Lembro-me das brincadeiras da infância, minha mãe sempre foi a mais criativa! E deixava que eu e minha irmã brincássemos com TUDO, não importa o valor!
Na adolescência nossa casa era ponto de encontro dos amigos, as festas foram inesquecíveis! E acabavam sempre na cozinha!
Depois quando fui para a faculdade era sempre ela quem me ajudava com dinheiro, comida... Muitas vezes deixando de comprar coisas para ela e para casa.
Aliás é uma característica dela, ajuda sempre os outros e se deixa ficar por último. Quantas vezes nossa casa foi desfalcada de coisas que ela deu para quem elogiou!! Inclusive os lindos quadros, manifestações do seu grande talento artístico.
Minha mãe me ensinou os dois lados da moeda, a ser desapegada, a doar o que temos em excesso, mas aprendi também a preservar aquilo que é especial, porque muitas vezes sofri ao ver nossos "tesouros" indo embora....
Outra coisa que aprendi com ela foi a gostar da casa cheia, gostar de festa e dar valor a família.
Eu acredito que herdei dela o otimismo, sempre acho que tudo vai acabar bem, acredito que tenho proteção especial de Deus.
Eu sinto falta de conviver mais com minha mãe, de conversarmos mais, de a minha filha estar próxima dela, aprendendo o que eu aprendi, a ser feliz, a criar, a acreditar.
Na minha mesa de cabeceira está sempre uma foto dela, linda, moça. Ao lado, uma foto da minha menina. Mostrando que nossa história ainda está sendo escrita...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Histórias fazendo nossa história

A nova brincadeira preferida dela comigo é "contar histórias". Mas do nosso jeito! Uma começa com uma frase. A outra continua. E assim vamos, nos alternado até o final. Delícia esta brincadeira!
Posso conhecê-la melhor, saber dos seus gostos, dos seus medos, das suas preferências...Eu coloco as situações e pela forma que ela continua eu sei o que que passa com ela. No momento, seus maiores interesses são princesas, bichos e brincadeiras na escola!
A imagem da "mãe" nas histórias dá sempre um friozinho na barriga! Mas até que estou me saindo bem, acho.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ilhas

Minha filha tem irmãos (por parte de pai), mas não convive com eles, devido a distância. Eles se amam, fazem a maior festa quando estão juntos, mas quase não se vêem.
Nossa família - eu, ela e o pai - é uma ilha, assim como o lugar em que moramos.
Os avós, os tios, primos, moram todos longe.
Eu sinto tanto que ela não tenha o que eu tive na infância!
Minha irmã sempre foi minha companheira de brincadeiras. Meu irmão veio bem depois e foi nosso bebê. E depois, quando morou comigo, meu amigo. Tempo tão bom! Ai que saudades!
Minha menina merecia ter os tios bem pertinho!
E nada como as tardes nas casas dos avós, abrir a geladeira cheia de "confort foods", desbravar os quintais, ficar perto do melhor carinho do mundo!
Vô e Vó são coisas como não há igual no mundo de tão bom! E os da minha menina de cachos estão tão longe...
As primas gêmeas são quase da mesma idade, a adolescente poderia ser um modelo de beleza e um aprendizado de comportamento, elas todas perdem tanto com esta distância.
Eu queria tanto, tanto todo mundo bem pertinho...

Oi?

Duas mães conversando na porta da antiga escola da minha filha, hoje. Indignadas:

- Nossa, já está na hora dela mudar, só pensa em trabalhar!

- É, ela não pára, não pára!

- Tem que aprender a ver televisão, novela, ler a "Caras".

- É, para ter assunto.

Ainda bem que mudei minha filha de escola!

domingo, 17 de agosto de 2008

Homenagem

Acalanto – Dorival Caymmi

É tão tarde
A manhã já vem
Todos dormem
À noite também
Só eu velo
Por você, meu bem
Dorme anjo
O boi pega Neném

Lá no céu
Deixam de cantar
Os anjinhos
Foram se deitar
Mamãezinha
Precisa descansar
Dorme, anjo
Papai vai lhe ninar
"Boi, boi, boi,Boi da cara preta
Pega essa menina
Que tem medo de careta"

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pais

Eu fico triste por estar longe do meu pai. Triste porque não tenho mais avôs. Meu avô materno era calado, distante. Acho que ele não sabia muito bem como lidar com crianças. Eu sou a neta mais velha e quando entrei na adolescência ele me abriu o mundo dele. O quarto secreto, cheio de passarinhos e gibis do velho oeste. Pena que ele se foi tão cedo!
Do meu avô paterno sinto falta quase todos os dias. A casa dele e da minha avó tem a luz da minha infância. No ano passado viajamos no dia do aniversário dele. À nossa frente, um carro com placa de uma cidade com o seu nome. Pude senti-lo por perto, me protegendo.
Tenho saudades de todos os que não estão perto e de todos os que se foram...
Crescer é difícil e nunca acaba.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Amor é sempre amor!

De Fernando Pessoa, para minha filha:

"Quando te vi amei-te já  muito antes
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci para ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro.

E eu soube-o só depois, quando te vi,
E tive para mim melhor sentido,
E o meu passado foi como uma 'strada Iluminada pela frente, quando
O carro com lanternas vira a curva
Do caminho e já a noite é toda humana."

Rainha da Festa

Dia desses fomos a uma festa de formatura. Minha menina foi a dona da noite!
Era um jantar, todos sentados. No centro do salão, havia um pequeno palco, onde colocaram um telão com imagens da formanda e música. E não é que minha pequena artista passou a noite dançando no tal palco? Fofa!! Giros, passos de balé, coreografias... Arrasou!
Mais tarde um DJ tocou em outro espaço, e mais uma vez foi ela quem inaugurou a pista, dançando no ritmo das luzes.
Estava tão linda, que acho que o fotógrafo contratado tirou mais fotos dela que da homenageada da noite.
Muito bom ter uma filha tão autoconfiante! E melhor ainda ver o quanto ela quer se mostrar para NÓS, os pais. Porque dançar, para ela, só tinha graça se nós dois ficássemos olhando. Éramos a única platéia que interessava a ela.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Canção de Ninar

Fiz para minha menina:

"Dorme
Dorme bem quietinha
Fecha os olhinhos
E dorme com os anjinhos
Dorme, filhinha
Que eu vou cantar
Para o seu sono embalar
Minha filhinha
Pequenininha
O meu coração
Está neste pedacinho de gente
Que vive sempre contente
Só me traz alegria
A filha que eu sempre queria"

terça-feira, 15 de julho de 2008

Corações no mesmo ritmo

Ela chegou de noite. Quis esperar para ver se ela saia sozinha, mas teve que ser tirada de dentro da mãe. Era bom demais nós duas como uma!
A primeira coisa que ouvi foi:
- Que linda, tem furinho do queixo!
Parou de chorar quando foi trazida para perto de mim e ouviu minha voz e sentiu meu cheiro. Aí quem chorou fui eu! Que linda ela era, a vida toda fez sentido naquele momento.
Aquela noite foi só de nós duas. Ficamos juntas, pela primeira vez nossos corações batendo separados. Ela ficou bem quietinha, mamando. A nenê mais linda e boazinha que já se viu.
Eu, inundada de amor, esqueci das pernas paralisadas (que alívio quando voltou a sensibilidade), esqueci das dores...
A primeira noite da minha menina foi a melhor da minha vida.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Para sempre

Ontem estávamos voltando da escola e ela inventou uma música. Em inglês! Cantou por boa parte do caminho. Eu dizendo que estava lindo! Quando parou, disse:
- Mãe, você sempre vai lembrar desta música?
Vou sim, filha. Da música. Das nossas idas e vindas a pé da escola, quase meia hora andando, bastante para suas perninhas tão pequenas. Mas tão bom nossas conversas, as paradas fixas no caminho, sua mãozinha na minha.
Para sempre vou lembrar de quando minha menina tinha 4 anos e íamos juntas para a escola. Vou lembrar de como é bom voltar para casa no verão prolongando o caminho, dia ainda, e parar para tomar café e comer pão de queijo. O biscoitinho do café vai ser sempre seu!
Vou lembrar de quando os dias ficam mais curtos e a noite vai caindo enquanto voltamos para casa e olhamos o céu para ver a cor da nuvens, se tem estrelas e qual a forma da Lua. Nossa preferida é o "sorriso do gato da Alice".
Vou lembrar que o Chef Remy e a Timkerbell nos esperam sempre no alto da palmeira, depois do sinal. E depois vão voando com a gente até a escola, ou até em casa.
Vou lembrar que eu sempre pergunto "já disse que te amo hoje?" e você sorri e diz que sim e me dá um beijo "grudinho de bico".
Vou lembrar de como é difícil subir aquela ladeira. De como é bom pisar nos "crocts" que caem das árvores no outono. Vou lembrar daquele senhor que vende cachorrinhos de brinquedo na porta do hospital.
Vou lembrar que reformaram seu "lugarzinho de brincar", porque virou um Banco.
Vou lembrar que você sempre pedia para eu comprar algodão doce, e quando eu comprei você gostou "só da máscara".
Vou lembrar que você gosta tanto de ir para a escola que quando viramos a esquina você sempre corre para chegar logo.
Vou lembrar sempre da sua carinha linda e sorridente descendo as escadas quando eu vou te buscar.
Vou lembrar sempre de você me contando "what for snack time" na volta. E de como você gosta dos dias de muito vento, ou de chuva (e eu não).
Vou lembrar de seus amiguinhos, das suas professoras, de todos na escola.
Espero que você se lembre também. Porque você é muito, muito feliz.
E eu desejo que você continue assim.
Para sempre.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Eu te desejo...

Meu maior sonho para ela, é que seja melhor do que eu. Muito. Em todos os sentidos.

(e que um dia, tenha uma filha igual a ela, para fazê-la feliz como eu sou.)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Anfitriã pela primeira vez!

Domingo foi a festinha de aniversário do melhor amigo da escolinha. Uma delícia! Lindo ver a turminha toda reunida, como eles são amigos! Acho que é porque a turma é pequena.
Ela ama este amigo (e é correspondida), ficou a festa toda fazendo o que ele fazia. Até o almoço teve que ser igual!
Na festa, um mágico se apresentou. Adivinha quem foi escolhida para ser a ajudante do mágico no palco? Minha menina de cachos!!! Ela estava radiante, linda! Claro que filmei!
Na hora de voltar, demos carona para uma amiguinha, que veio para nossa casa brincar um pouco. Momento marcante! Foi a primeira visita de um amiguinho em casa! Ela sempre pedia, e finalmente aconteceu! Ela ficou meio tensa em dividir os brinquedos, mas no fim adorou! Até cocô a amiga fez em casa!
Um dia bem feliz.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

ocupando espaços

Acho que escrever precisa de tempo e solidão. E também de um pouquinho de tristeza. No momento, minha vida está cheia - embora ainda não esteja plena.
Os sons da minha menina me seguem por todos os lugares, tão pequenininha ela ocupa todos os espaços.
E mesmo no sono, zelo por ela, minha menina de cachos que me faz feliz. Minha companheirinha faladeira, que me roubou dos livros e em troca me deu mais vida. Tirou-me do silêncio para suas brincadeiras.
Filha, esteja sempre ao meu lado. É uma delícia acompanhar sua curiosidade!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Eu que fiz!

Vai ter festa junina na escolinha neste fim de semana.
Vi vestidinhos lindos caríssimos na lojas, e vestidos baratinhos bem feinhos...
Resolvi customizar eu mesma um vestido para minha menina.
Comprei um metro de chita, peguei algumas fitas que tinha em casa. O vestido e o chapéu do ano passado e mais um aventalzinho que ela já tinha. Com a chita, fiz corações, bandeirinhas, babados e enfeitei o vestido e o chápeu.
Ela, quando viu, disse:

- Mamãe, quando eu crescer, vou fazer um vestido lindo assim para você e para a minha filha!

Fiquei orgulhosa. Eu que fiz. O vestido e a menina...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Minha menina de cachos

Na verdade, ela nasceu carequinha...
Os cachos apareceram entre o primeiro e o segundo ano, e nem duraram tanto assim...
Agora ela tem quatro, e os cabelos lisos e compridos.

Mas é linda a imagem dela correndo pela casa só de fraldas, os cachinhos balançando e o barulho dos pezinhos e do riso anunciando a sua chegada!

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails