"É a vida, mais que a morte, a que não tem limites."

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Presentes, princípios e valores

Estou tendo problemas com o presente que demos à minha menina do Dia da Criança. O brinquedo não funciona como deve. Pior que não é defeito apenas do que compramos, é um erro de projeto, mesmo.

Desde domingo passado este presente tem sido motivo de desencanto para ela. É uma situação bastante delicada, pois envolve também os princípios e atitudes que ensinamos. Não mentir, cumprir o que promete, fazer sempre o melhor possível, não magoar os outros... Tudo isto está sendo questionado pela minha filha em relação ao ocorrido. Quando ela finalmente entendeu que o brinquedo não funciona como no comercial da TV e NUNCA irá funcionar, a tristeza e decepção foram sem tamanho...
Eu não compro brinquedos de camelô. Não compro DVDs piratas. Dou preferências à empresas que tenham políticas sociais e ambientais. O brinquedo em questão tem selo do INMETRO e a empresa é reconhecida pela Fundação Abrinq. Mas quem trabalha com crianças, trabalha com mais que qualidade. Trabalha com sonhos. Os cuidados devem ser muitos maiores!
Como este é um blog anônimo, não acho ético revelar aqui o nome da empresa e do brinquedo. Estou há quase 10 dias em negociações com a empresa para chegar a uma solução. Recebi algumas propostas ridículas. Mas acho que o caso se encaminha para a solução que acho correta: devolução do dinheiro (e do brinquedo). Graças, principalmente, à intervenção da ABRINQ, a quem denunciei o ocorrido. Também fiz denúncia ao CONAR, já que o que é anunciado não corresponde à verdade.
Minha menina chegou a dizer que "não é certo enganar as crianças". Não é mesmo.
Você tem razão mais uma vez, filha.
***
Agora vou contar um caso inverso. Um caso de respeito ao consumidor e preocupação com o público infantil. Neste caso, faço questão de contar o nome da empresa: O BOTICÁRIO
Anos atrás, eu passava no rostinho da minha menina, que ainda tinha cachos, o bloqueador solar infantil da marca. Por descuido meu, acabei deixando um pouco do produto entrar no olhinho dela.
Lavei bastante com água e soro fisiológico, mas como o olho continuava bastante irritado, liguei para o número do SAC para perguntar se havia alguma outra providência recomendada. Liguei sem maiores pretensões.
Recebi O MELHOR ATENDIMENTO DO MUNDO. A pessoa que me atendeu tinha total autonomia. Ela mesmo resolveu o problema rapidamente e acompanhou o caso até o fim.
A empresa fez questão que eu levasse minha filha ao oculista. Pagaram todas as despesas com remédios (colírio). A funcionária que me atendeu ligou durante uma semana para saber como minha criança estava. E ainda se ofereceram para analisar o produto ou trocá-lo.
Depois de 15 dias, recebi uma carta com todas as informações do atendimento. Uma carta pessoal, e não padronizada.
Veja bem, tudo aconteceu por um descuido MEU. E nem foi nada grave. Mas O Boticário demonstrou que o respeito ao consumidor realmente é um valor importante para a marca.
E ganhou ao menos duas consumidoras fiéis pelo resto da vida.
RECOMENDO MUITO:
Para denunciar:

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Horizontes

Existe um verso de Fernando Pessoa que é muito citado em sentido figurado.
Este verso faz parte de um poema com o qual me identifico, porém em seu sentido literal...

Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nasci em São Paulo, mas meu coração vai morar para sempre na cidade do interior onde passei boa parte da minha vida. Que não é tão pequena assim, mas tem uma zona rural onde os mais velhos usam chapéu de palha, onde se cozinha à lenha. A paçoca é feita no pilão e logo ali, atrás da Serra, fica Minas Gerais.
Eu preciso ver montanhas ao longe para ser feliz. Por mim passa o Caminho do Ouro, e o mar é antes de tudo um cheiro, que sobe pela mata úmida da Serra do Mar e deságua em Paraty.

Como serão os horizontes da minha menina? Criada no litoral, à beira de um mar que não tem cheiro. Longe de avós, tios, tias, primos...Brincando no playground e não no quintal. Com pai que trás na bagagem a lembrança dos pampas sem fim.

Acho que minha filha vai ser o que eu nunca consegui: cidadã do mundo!
Quanto a mim...
Eu tenho a alma caipira. Gosto das cidades pequenas e dos grandes quintais.


Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"

DA MINHA ALDEIA vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.

domingo, 12 de outubro de 2008

Valsa para uma menininha

Feliz Dia da Criança, filha querida!

(Hoje é dia da Santa protetora que foi encontrada na cidade do meu coração...)

sábado, 11 de outubro de 2008

Receita de amor

A receita de pão de minuto que eu postei abaixo, minha avó querida fazia sempre para mim.

Agora, sou eu quem faço para alguém com o mesmo nome e que eu também amo muito...

Fiz nesta quinta mesmo, para minha menina levar para o "acampamento" da escolinha. Eu gosto de preparar as receitas que ela tem que levar em dias especiais. Gosto dela ao meu lado na cozinha. Fica tudo misturado: os ingredientes, o aroma no ar, nosso amor.
E dura muito mais que um minuto...

Brincadeira de Dia da Criança

A Paula, do http://paulapopi.blogspot.com/, me desafiou a:


*Colocar selinho

*Hora do recreio, qual a melhor brincadeira da sua infância:
Eu gostava de brincar no quintal das minhas avós, andar de patins e brincar de "mãe da bola".


*Brincando de cozinha, receita de sucesso no lanche da tarde da sua infância:
PÃO DE MINUTO
(pode ser doce ou salgado)
Ingredientes:
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
100 grs. de manteiga
1 colher de sal ou açúcar
1 ovo
1 xícara (chá) de leite
Se for fazer salgado, acrescente 2 colheres de quijo ralado na massa.
Modo de fazer:
Misture tudo, faça bolas médias e leve ao forno médio pré-aquecido em forma untada e polvilhada. Se quiser, pincele com gema, café ou geléia.
Pode rechear as bolinhas com queijo, goiabada, pedacinhos de maçã ou banana...
*Passar para três blogs :

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ela não estava lá...

Vi uma foto do aniversário do meu irmão.
Muitas crianças em volta dele.
Faltou minha menina de cachos...

(e eu também, queria tanto!)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Qual a sua idade?

Observei um fenômeno curioso neste último domingo, dia de eleições. As mulheres mais velhas vestidas como adolescentes e as adolescentes vestidas como mulheres mais velhas. Parece que todo mundo quer ter 25 anos, a não ser quem tem 25 anos!

Não sei se isto se repete Brasil afora, mas me incomodou bastante. Cada fase da vida tem seus encantos. Em cada idade nos cabem privilégios. Eu fui feliz quando criança, quando adolescente, quando adulta jovem. Eternizo estes bons momentos na memória e não no meu guarda-roupas!

Felizmente minha filha estuda em uma escola que não é adepta de modismos. Não sei se por ter mais meninos que meninas.

A vaidade da minha menina ainda é bastante lúdica, como convém a uma criança de 4 anos. Ela gosta de roupas coloridas (de preferência rosa, argh!!), de fantasias, de enfeites brilhantes. Eu ainda estou no comando das compras e escolha de roupas. Aliás, evito levá-la comigo às compras, tento não incentivar o consumismo. Evito particularmente peças que exibam a marca com destaque, como uma certa "rata". Também não compro para ela roupas de "adulto em miniatura".

Existem na minha família certas peças de roupa que vão passando de uma criança a outra. A mais antiga delas é um casaco de lã, que foi meu quando eu tinha uns 4, 5 anos e depois foi usado por grande parte da família, irmãos e primos. Claro, graças ao fato de eu quando criança morar em uma região de clima quente e invernos amenos! Ver minha menina de cachos com este casaco me lembra que o tempo não pára, mas se perpetua. A criança que fui está viva na minha filha.

E se as lágrimas saberão seu caminho através das rugas que irão surgir, também os risos deixarão marcas permanentes. No rosto e no coração.


(Minhas marcas brasileiras preferidas de roupas para crianças:







Infelizmente, onde moro não vende... Sonho de consumo, especialmente a green fairy: http://www.kidorable.com.br/ )
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