Hoje esse blog está fazendo dois anos. A primeira constatação que faço é que passaram rápido. A segunda, que coube muita coisa nesse tempo.
Esse blog é cria do Blog Nós Duas, da jornalista Priscila Sérvulo, que não existe mais. Pena! Como, porém, o blog ainda está no ar, recomendo a leitura para quem não o conhece.
Eu passava por um período bastante solitário e complicado, que culminou na minha separação. Como escreveu Jorge Luis Borges, parecia-me que “[...] todas as coisas nos acontecem precisamente, precisamente agora. Séculos de séculos e apenas no presente ocorrem os fatos; inumeráveis homens no ar, na terra e mar, e tudo o que realmente sucede, sucede a mim…” Ler o blog da Priscila me fez lembrar que existem problemas muito maiores que os meus. E também me estimulou a escrever como uma forma de ter uma voz própria, porque andava muito calada e solitária naquele período (bom, acho que tendo a ser sempre calada e solitária quanto às minhas dores. Sou do tipo que gosto de compartilhar somente alegrias).
Eu passava por um período bastante solitário e complicado, que culminou na minha separação. Como escreveu Jorge Luis Borges, parecia-me que “[...] todas as coisas nos acontecem precisamente, precisamente agora. Séculos de séculos e apenas no presente ocorrem os fatos; inumeráveis homens no ar, na terra e mar, e tudo o que realmente sucede, sucede a mim…” Ler o blog da Priscila me fez lembrar que existem problemas muito maiores que os meus. E também me estimulou a escrever como uma forma de ter uma voz própria, porque andava muito calada e solitária naquele período (bom, acho que tendo a ser sempre calada e solitária quanto às minhas dores. Sou do tipo que gosto de compartilhar somente alegrias).
Comecei falando para mim mesma e para minha filha do futuro e nunca imaginei que teria leitores, menos ainda que faria amigos por aqui. Esse blog é semi-anônimo e são poucas as pessoas que sabem quem eu sou, o nome da minha menina e as histórias por trás das entrelinhas. Ainda assim, me sinto acolhida. Isso é muito bom!
Algumas vezes me espantam os comentários sobre meus textos, especialmente quando me elogiam pela aparente serenidade... Sou descompensada, passional, impulsiva, chorona... Compenso um pouco disso com auto-conhecimento e resiliência, que me levam através dos caminhos tortuosos da minha vida.
Sabem? Eu queria mesmo era uma vida simples, calma e tranqüila. Não foi possível, ainda... Contudo, me consolo tendo histórias para contar! Histórias e memórias que estou registrando aqui, para a minha menina de cachos, torcendo para que sua própria existência seja mais, melhor e maior.